sexta-feira, 6 de setembro de 2013

SSDD

Eu me sinto uma alienígena. 

Não me encaixo nunca, estou sempre deslocada. Nunca sei o que dizer, o que fazer ou como agir. Às vezes, penso que não há mais ninguém assim no mundo.

Mas não é verdade.
Existem muitas pessoas introspectivas por aí e de vez em quando descubra uma. São conversas muito interessantes, mas extremamente melancólicas.
Não sei se fico feliz ou triste por ter encontrado alguém tão próximo e tão parecido comigo.


Em alguns momentos, eu penso que gostaria de ser diferente. Mais parecida com todo mundo, mais socialmente aceitável.
Em outros, tenho absoluta convicção de que não poderia ser feliz de outra forma que não sendo exatamente como sou.

Vai entender...
Aliás, não vai.
Convivo comigo há uma infinidade (que parece mais infinita do que é na realidade) de anos e ainda não me entendo. Portanto, nem tente.

Ontem fui embora com uma conhecida no ônibus. Não poderíamos ser mais diferentes.
Será que eu gostaria de ser como ela? Eu não conseguiria, mesmo que quisesse muito. A verdade, porém, é que eu seria muito mais aceita como parte da sociedade, como alguém interessante. Não só pelos "outros" (até porque, honestamente, estou pouco me fudendo para a opinião de uma sociedade escrota), mas pela minha família. Não que eles não me amem, eles amam. Mas se sentiriam mais confortáveis se eu fosse como todo mundo.


SSDD
Same Shit, Different Day
Mesma Merda, Dia Diferente
Frase ilustre do digníssimo mestre Stephen King. O cara sabe o que fala.
Tudo seria tão mais fácil se houvesse um manual explicando como viver passo a passo, né?!
Mas não existe. E é aos trancos e barrancos que vamos levando nossos dias.

Eu não estou triste.
Também não estou feliz.
Quero ficar sozinha e, ao mesmo tempo, não quero.
Gosto dos meus trabalhos, mas nenhum deles me realiza.
Gostaria de estudar, mas nenhum curso pagável me apetece.
Não me acho gorda, nem magra. Não me acho bonita, nem feia.
Eu não tenho o menor problema em dizer quantos anos tenho, mas ao mesmo tempo me acho velha!
Eu sou chata, mas há quem goste mesmo assim.

Então o que está errado? Nada.
O que falta? Eu não sei.
Mas falta alguma coisa. Eu sinto esse espaço vazio, essa falta, esse buraco. Só não sei do que preciso para preenchê-lo.

Essa conversa (foi hoje que encontrei alguém parecido... e lá se forem alguns deliciosos minutos de uma conversa gostosa, reveladora e assustadora) com alguém tão parecido, mais o aniversário chegando e a falta de tempo crônica me deixam assim meio filosófica.

Do que serve pensar? Nada. Mas também de nada serviria não pensar.
E assim eu penso. Reflito. Pondero. Imagino. Sonho. Tento. Perco. Não sei o que fazer...
Mas a vida continua e eu já estou em cima da hora de sair para trabalhar!
SSDD,                                   

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