domingo, 22 de agosto de 2010

Entrevista: Allan Pitz

1) Qual o seu nome completo, quantos anos você tem e onde você nasceu? 
Meu nome é Allan Pitz Ribeiro de Souza, nasci em 23 de Janeiro de 1983 na cidade do Rio de Janeiro, RJ.


2) Quando você descobriu essa sua veia de escritor e como isso aconteceu?
Na época de colégio eu adorava fazer redações, esse foi o primeiro sinal. Ficou mais claro quando no teatro, depois de certo tempo atuando, eu comecei a escrever algumas cenas que brotavam na minha cabeça. Aos poucos percebi que só queria escrever, é a arte que me supre totalmente.

3) Você já tem alguns livros publicados, fale um pouquinho sobre eles.
O primeiro foi A Fuga das Amebas Selvagens (contos, crônicas, piadas, cenas), livro que traz uma forte carga teatral e cômica. Nunca distribuído por minha impossibilidade de investir grana.
Depois foi o Duas Doses e Um Bungee Jump, livrinho pretensioso que visava reapresentar o poema brasileiro como gênero atrativo e simples para o mergulho reflexivo de qualquer um. Depois de mil recusas brasileiras foi parar em Portugal.
Já o Visões comuns de um porco esquartejado, na verdade, não chegou a existir fora da minha estante (e dos meus amigos), foi lançado por uma meia gráfica baratinha que conseguiu destruir a obra em revisão e diagramação, mas tenho fé nesse trabalho,apesar de ele ser uma das minhas maiores frustrações até hoje. Não entendo isso...
Bom, mas A Morte do Cozinheiro vendeu 512 exemplares até aqui, e não está nada mal em procura! Se fosse A Fuga das Amebas Selvagens já teria vendido uns 10.000 mil só em bancas de jornal. Mas não posso reclamar de nada.

4) De onde veio a inspiração para escrever seus livros? 
Até aqui eu tentei captar tudo, como se fosse uma antena. Informações do dia a dia, noticiário popular, outras leituras, vivências. O livro em si (pessoalmente) é a soma dos seus sentimentos com a sua criatividade visionária, um mix resultante de todas as informações e aprendizados obtidos pelo escritor. Um expurgo de sensações, opiniões... Pesadelos. Tudo pode ser inspiração.

5) Você já tem algum outro livro esperando publicação?
Estou super ansioso para que o próximo livro saia logo! Será o Estação Jugular – Uma estrada para Van Gogh. Depois de um título arriscado como A Morte do Cozinheiro, em formato de bolso, dando asas a um escritor psicótico e poetizando loucamente sobre seus “homicídios de amor”, acho que eu preciso publicar logo o Estação Jugular. Talvez lance novos olhares sobre os meus escritos.

6) Você teve muitas dificuldades para publicar os seus livros? Sei que alguns foram publicados fora do Brasil, por que isso aconteceu? Fale um pouquinho sobre essa dificuldade em publicar livros no Brasil.
Na verdade minha primeira moedinha literária foi conseguida em Portugal, com a venda do livro Duas Doses e Um Bungee Jump (poemas) da WAF, selo da Corpos Editora. O editor, Ex Ricardo de Pinho Teixeira, dá oportunidade para os poetas de língua portuguesa arriscarem seu primeiro livro, e lança um material de excelente qualidade. Por aqui é difícil conseguir publicação de poemas para distribuição nacional. No mais, tenho um conhecido que tenta escoar meus livros para outros países, nada sério demais... Vamos ver no que dá.

7) Você tem alguma outra atividade profissional além de escritor? Como ela influencia no seu trabalho?
Atualmente estou sem outros trabalhos, pretendo iniciar Filosofia o quanto antes, e continuar tentando vaga para escrever em algum jornal popular do Brasil, mas dirijo espetáculos também, e isso tudo é bom para a parte de escritor, é criação de cena e texto, não interfere em nada, só ajuda.

8) Qual sua dica para quem quer seguir a carreira de escritor?
Antes procure um brejo, engula alguns sapos bem grandões, e saiba que nos primeiros anos de carreira terá de conviver com isso constantemente. Sem dinheiro? Insista mesmo assim, você não é chato, pequeno, nem eles são os Deuses do saber, você escreve, é só isso, dane-se o resto. Você escreve. Siga em frente.

9) Na sua opinião, qual é a importância da literatura na vida das pessoas?
Gosto de citar a teoria do computador: Um bom computador, além de ser o mais moderno, rápido, é aquele com mais funcionalidades, mais programas para qualquer função que você escolher. Uma mente sem livros (jornais, revistas) é um computador sem programas, é uma máquina vazia! Quando estamos lendo, naquele momento, instalamos uma nova programação em nosso cérebro, e isso nos permitirá mais ações do que antes. Mais livros = Mais funções = Mais saber. Agora, nem todo cara que lê muito deixa de ser ignorante em outros aspectos, costumo dizer que um ignorante letrado é o pior ignorante que existe. Esse aprendeu pouco e não sabe, vale menos do que o primeiro parágrafo rabiscado de qualquer coisa ruim que tenha lido.

Agora algumas perguntinhas rapidinhas para o leitor te conhecer melhor:
a) Um livro: Contos Aprendiz do Carlos Drummond de Andrade
b) Um(a) autor(a): Plinio Marcos, Nélson Rodrigues, Carlos Drummond (e mais um tanto de gente boa)...
c) Uma música:  Dancing with myself (Billy Idol)
d) Um(a) cantor(a)/Banda: Simple Minds, Duran Duran, Men at Work, Tears for Fears
e) Um filme: Cães de Aluguel
f) Um(a) ator/atriz:  Kevin Spacey
g) Uma pessoa: Mahatma Gandhi
h) Uma frase:A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo” – Maiakóvski.

Agradeço imensamente a entrevista e toda a atenção que você me deu.

2 comentários:

  1. Ah que legal conhecer um pouco do Allan.
    Ainda não li nenhum de seus livros, mas torço muito por ele.
    Beijos!

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  2. Que legal o Allan!!!


    Muito boa a entrevista,;)

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